terça-feira, maio 31, 2016

Por que os sintomas da rinite melhoram com a exclusão dos laticínios?

Ainda tenho algumas crises de espirro quando sinto um cheiro muito forte, como perfumes (baratos e caros), ou quando entro em algum lugar com muita poeira e mofo. Mas, depois do veganismo, minha rinite melhorou uns 95,7%. E eu não fui abençoada com nenhum milagre, simplesmente deixei de comer queijos e de beber leite.

Já ouvi muito “riniteiro” dizer que excluiu os laticínios da dieta e mesmo assim as crises continuaram. Mas sempre digo que a melhora não acontecerá de um dia pro outro e que quem sofre de rinite, raramente ficará livre dos espirros e da coceira sem fim no nariz e nos olhos.

O que nós, “riniteiros”, podemos fazer é controlar os sintomas. Isso se faz evitando os agentes causadores das crises alérgicas, como pó e perfume forte, tomando vacina, remédio ou eliminando os laticínios. Eu fiquei com a última opção (e também sou meio neurótica com o pó em casa), mas nunca ninguém tinha me falado sobre a relação entre rinite e alimentação. Aprendi sobre isso por acaso, escrevendo uma reportagem para a Revista dos Vegetarianos.

Por que leite e queijo pioram a rinite? 

O consumo de laticínios piora a rinite porque aumenta a produção de muco

O consumo de laticínios piora a rinite porque aumenta a produção de muco

O corpo produz muco por si só. O que é ótimo para a saúde, porque essa substância pegajosa serve para hidratar o pulmão, lubrificar o esôfago, reter e eliminar micro-organismos que entram pelas vias aéreas, entre outras coisas. Ou seja, em quantidades normais, o muco é uma mão na roda para o sistema imunológico. O problema é quando o corpo começa a produzir muco demais.

Isso pode acontecer quando a pessoa consome leite e derivados em excesso, por exemplo, pois os produtos lácteos causam um aumento na produção de muco ou engrossam o catarro existente. Além disso, me explicou a nutricionista Priscila Di Ciero, o leite tem muitas moléculas que conseguem atravessar e desequilibrar a mucosa intestinal.

O organismo entende então que essas moléculas são substâncias estranhas e, portanto, devem ser combatidas e eliminadas. “As reações subsequentes desencadeiam aumento de produção de muco. E isso se deve às proteínas encontradas no leite de vaca que passam para a circulação sem serem devidamente digeridas”.

Por que você nunca ouviu falar disso antes? 

Colunista do Huffington Post e autora do blog Healthy Eating Rocks, a nutricionista americana Carole Bartolotto me disse que é possível ter uma melhora significativa da rinite depois de dois meses sem consumir nada de leite e derivados. E me contou por que até então eu nunca tinha ouvido falar dos malefícios dos laticínios.

O lobby da indústria leiteira é muito forte. Leite e derivados são mencionados de maneira positiva em textos acadêmicos nas faculdades de nutrição. Porém, essas pesquisas foram financiadas pela indústria leiteira, assim como conferências para profissionais da saúde. Como nutricionista, por anos fui inundada com informações e publicidade sobre os benefícios do leite. Por isso, sei que muitos médicos não têm informação suficiente para dizer que os laticínios fazem mal. Além disso, muitos deles não entendem o impacto que a alimentação tem na saúde e no desenvolvimento de doenças”.

E o cálcio? 

De fato, a gente cresceu ouvindo que leite e derivados são as únicas fontes confiáveis de cálcio, nutriente fundamental para os ossos. Por isso, sempre fica a dúvida: se devo eliminá-los da minha alimentação para melhorar a rinite, como faço pra manter a saúde dos meus ossos?

O cálcio presente no brócolis é melhor absorvido pelo organismo do que o cálcio dos laticínios

O cálcio presente no brócolis é melhor absorvido pelo organismo do que o cálcio dos laticínios

Pra resumir: boas fontes de cálcio são tofu, amêndoa, agrião, brócolis, couve, gergelim, ameixa seca, aveia, lentilha, espinafre e açaí. O cálcio do brócolis, aliás, o organismo consegue absorver melhor até do que o cálcio dos laticínios.



Fonte:
https://blogcasavegana.wordpress.com/2016/05/25/por-que-os-sintomas-da-rinite-melhoram-com-a-exclusao-dos-laticinios/

segunda-feira, maio 23, 2016

Injeção de bolhas ajuda a tratar infarto

MARIANA VERSOLATO
EDITORA-ADJUNTA DE "COTIDIANO"

23/05/2016 02h00

Zanone Fraissat/Folhapress
O acupunturista José Luiz Eusébio, 47, que participou de estudo do Incor sobre infarto
O acupunturista José Luiz Eusébio, 47, que participou de estudo do Incor sobre infarto

Um inusitado tratamento contra infarto que usa uma injeção com cerca de 2 bilhões de microbolhas de gás é seguro e eficaz na desobstrução dos vasos sanguíneos e ainda melhora a função do coração, aponta um novo estudo.

O artigo, de autoria de brasileiros em parceria com um pesquisador americano, sairá nesta segunda (23) em uma das principais revistas científicas de cardiologia do mundo, o "Journal of the American College of Cardiology".

As microbolhas funcionam como uma espécie de dinamite que explode o coágulo (que impede a circulação sanguínea e causa o infarto). Elas são injetadas e correm livremente pelos vasos sanguíneos até se depararem com esse bloqueio, e ali se acumulam. Aí entra um aparelho de ultrassom, que é colocado no peito do paciente e faz com que as microbolhas vibrem e destruam o coágulo, liberando novamente a passagem para o sangue.

A ideia surgiu há cerca de 20 anos, quando um grupo no Canadá mostrou, em ensaios in vitro, que as bolhas expostas a um campo de ultrassom podiam romper coágulos.

Em 2004, pesquisadores da Universidade de Nebraska (EUA) testaram a técnica em animais. Em 2014 foram iniciados os testes em humanos, numa parceria do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP) com os americanos.

Durante o estudo, pacientes que chegavam ao pronto-socorro do hospital com infarto agudo eram convidados a participar da pesquisa. Caso concordassem em se submeter ao novo tratamento, recebiam a injeção de microbolhas e o ultrassom até que fossem chamados para receber a terapia convencional, que inclui medicamentos e angioplastia para desobstrução das artérias coronárias.

Os resultados preliminares do estudo, que avaliou a segurança da técnica, mostram que aqueles que receberam a injeção tiveram maiores índices de abertura da artéria obstruída e de recuperação do miocárdio quando comparados àqueles que não passaram pela técnica mas receberam o tratamento convencional.

"A terapia também conseguiu romper os coágulos menores que se soltam do coágulo maior. Eles vão obstruindo os 'ramos' da coronária e são inacessíveis pela angioplastia", diz Wilson Mathias Jr., diretor da unidade de ecocardiografia do Incor e coordenador-chefe da pesquisa.

Roberto Kalil Filho, presidente do Incor, lembra que o infarto é a doença que mais mata no mundo, apesar da tecnologia e dos medicamentos disponíveis hoje. "Cada segundo de artéria fechada é mais tempo de coração morrendo. Quanto antes você conseguir abrir a artéria e jogar o sangue de novo ali, maior a sobrevivência e menor o risco de sequelas", afirma. "Esse é mais um método para ajudar a salvar vidas, e esses resultados iniciais mostram que ele é bom, simples e sem riscos."

O cardiologista do HCor (Hospital do Coração) e professor da USP Leopoldo Piegas, que não esteve envolvido no trabalho, avalia a técnica como promissora. "O trabalho tem um resultado impressionante, impactante. Houve melhora na abertura das artérias, na função do ventrículo esquerdo do coração e na contratura do músculo, o que sugere uma melhora da circulação. Toda técnica que ajudar a abrir artérias no tratamento do infarto é bem-vinda", diz.

"Mas é um trabalho inicial, que precisa ser replicado com mais pacientes até para observar possíveis efeitos colaterais num grupo maior." Ele lembra que outro trabalho que avaliou a técnica apontou efeitos adversos, como um espasmo na artéria coronária que causou sua constrição –coisa que não ocorreu no trabalho feito no Incor.

Os resultados publicados têm como base o tratamento de 30 pessoas. Hoje o Incor já tem 42 pacientes e o hospital pretende chegar a cem. José Luiz Eusébio, 47, foi um dos pacientes que participou do estudo. Em janeiro de 2015, o acupunturista estava na região do Anhangabaú, em São Paulo, quando começou a passar mal. Pegou o metrô e deu entrada no pronto-socorro do Incor, onde soube que estava tendo um infarto.
Na sua família, outras três pessoas tinham tido o problema. Desde então, mudou hábitos: começou a praticar artes marciais e já perdeu 18 kg.

Tanto Kalil como Mathias apontam para a possibilidade de a terapia ser usada em centros não especializados, como postos de saúde, e em ambulâncias, pelo fato de não oferecer risco de hemorragia como certos medicamentos. "Se comprovar eficácia em outros estudos, acredito que o tratamento será aprovado rapidamente. Aí é só uma questão de entrar no mercado e ver o custo", diz Kalil.


Fonte:  http://m.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/05/1774046-injecao-de-bolhas-ajuda-a-tratar-infarto.shtml?cmpid=fb-uolnot

Corrida Fazenda do Limoeiro - Itú - SP 16km

Tai Ji Quan presente ao evento.




Show de prova e organização, 2:15.
#fujadoasfalto
Pena ter pipoca retirando medalha de outros que pagaram a referida inscrição.



terça-feira, maio 03, 2016

Cientistas desenvolvem adesivo de insulina que pode substituir injeções

Adesivo detecta alta do nível de açúcar e libera dose de insulina no corpo. Testes feitos em roedores ocorreram com sucesso.
23/06/2015 07h37 - Atualizado em 23/06/2015 07h38
Da EFE
O pequeno adesivo de insulina foi desenvolvido por cientistas de universidade dos Estados Unidos (Foto: Divulgação/PNAS)
O pequeno adesivo de insulina foi desenvolvido por cientistas de universidade dos Estados Unidos (Foto: Divulgação/PNAS)

Um pequeno adesivo de insulina, quadrado e não maior que uma moeda de um real, poderia substituir as injeções para diabéticos, segundo um estudo publicado na edição desta semana da revista científica da Academia Americana de Ciências, a "PNAS".

O adesivo pode detectar os aumentos nos níveis de açúcar no sangue e liberar dose de insulina na corrente sanguínea quando for necessário. Até agora o adesivo só foi testado em roedores com diabetes de tipo 1, mas, segundo seus criadores, os resultados deste estudo são "promissores" em relação a seu sucesso em humanos.

De fato, os cientistas sustentam que os efeitos estabilizadores do adesivo poderiam ser inclusive mais duráveis em humanos, dado que têm mais sensibilidade à insulina que os animais usados no experimento.

"Criamos um adesivo para diabetes que funciona rápido, é fácil de usar e é feito de material não tóxico e biocompatível", explicou Zhen Gu, um dos autores do estudo, elaborado por cientistas da Universidade da Carolina do Norte e a Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

"O sistema pode ser personalizado em função do peso da pessoa diabética e sua sensibilidade à insulina, razão pela qual podemos tornar ainda mais inteligente este adesivo inteligente", acrescentou o pesquisador.

Os autores do estudo destacaram que as injeções de insulina atuais representam um processo para o paciente que é "doloroso e impreciso".

"Injetar-se uma quantidade incorreta de medicação pode derivar em complicações significantes como cegueira e amputações de extremidades, ou consequências mais desastrosas como o coma diabético ou a morte", destacou John Buse, outro dos autores da pesquisa.

Segundo o estudo, o diabetes afeta mais de 387 milhões de pessoas no mundo todo, e espera-se que o número aumente até 592 milhões para o ano 2035.

Diabetes - infográfico (Foto: G1)






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