Força e leveza para o corpo e o pensamento
Mente calma, corpo são, forte e flexível. Sim, o Tai Chi Chuan pode fazer muito pelo nosso bem estar. Criado há cerca de dois mil anos, o seu diferencial consiste no fato de que qualquer pessoa está apta a praticá-lo, pois o treino pode ser adaptado às limitações físicas ou técnicas do praticante. Com movimentos lentos e suaves, a técnica ajuda a desenvolver a consciência corporal, estimula o sistema imunológico e favorece o cultivo da energia interna, conhecida na cultura milenar chinesa como ‘Chi’.
“O Tai Chi Chuan surgiu inicialmente como uma arte marcial, mas temos que compreender que, para os chineses daquela época, essas artes eram sistemas integrais de desenvolvimento dos melhores potenciais humanos. Quem se dedicava a elas também estudava filosofia, artes, e aspectos relacionados à saúde”, esclarece a professora Angela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e representante da Família Yang na America Latina.
Repetidos com o maior nível de perfeição e suavidade possíveis, os movimentos parecem ser executados em câmera lenta, como uma dança coreografada. E é justamente esse elemento que contribui para a eficiência do exercício. “O fortalecimento muscular ocorre tanto pelo alongamento dos tendões, na parte acima da cintura, quanto pelo apoio de peso alternado entre as pernas nos passos lentos e equilibrados”, afirma Arthur Guilherme Whitaker Dalmaso, professor de Tai Chi Chuan estilo Yang Tradicional no Espaço Bem Estar.
Segundo o instrutor, além da extensão dos tendões, o treinamento traz benefícios para as articulações ósseas, fortalecimento das pernas, respiração pelo baixo ventre, equilíbrio e, melhor, a compreensão do funcionamento do próprio corpo. “A nossa mente se beneficia, pois a prática exige grande atenção e dedicação plena ao que estamos fazendo. Isso também implica em uma forma de meditar e, quando a mente está bem, o corpo está bem. E vice-versa”, afirma.
Arte marcial interna
Recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma atividade física moderada em função de suas características não impactantes, o Tai Chi Chuan é considerado uma arte marcial interna. O termo pode ter duas conotações: a primeira está associada ao fato da arte marcial ter sido desenvolvida por chineses sem influência ‘externa’ de outras artes ou culturas; além disso a técnica é voltada ao fortalecimento de tendões e ligamentos, ao invés de músculos, e organiza o corpo de modo que seus praticantes possam utilizar a energia interna para se mover e lutar.
“Energia Interna é a energia bruta natural do ser humano, que se transforma gradativamente quando é educada por um sistema metódico organizado e consciente. A pessoa precisa ter clareza de como utilizá-la adequadamente conforme os movimentos que executa com seu corpo”, explica Angela. Por estimular o funcionamento de todos os órgãos e do próprio metabolismo, o Tai Chi Chuan “impacta o sistema nervoso e influência beneficamente todos os sistemas orgânicos.”
Ademais, os efeitos na respiração, equilíbrio, fortalecimento e alongamento muscular já passam a ser percebidos nos primeiros dias de treinamento e o gasto médio da atividade é de 300 calorias por hora. “O importante é começar a treinar o quanto antes. Afinal, achamos que os idosos chineses são saudáveis porque praticam Tai Chi Chuan na terceira idade quando, na verdade, eles começaram cedo e aí sim obtêm benefícios na longevidade”, finaliza Dalmaso.
Fonte: Carolina Beu
http://abiliodiniz.uol.com.br/qualidade-de-vida/tai-chi-chuan.htm
http://www.taichichuanyang.org
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