Quando falamos de Tai Chi Chuan, mostramos que estamos sempre em movimento, mesmo quando parados, e toda energia faz parte do ciclo da vida. Fisiologicamente diríamos que toda nossa estrutura se renova em ciclos, assim como o dia e a noite, yin e yang, nossas células também são renovadas, e as musculares a cada sete dias e alguns, como o coração em um mês, é por este motivo que a atividade física de ser feita regularmente de duas a três vezes por semana. Pois a partir desta troca, os novos músculos estarão fora de forma, por isso a queda de rendimento ao interromper seus treinos.
É uma arte marcial interna chinesa, uma agradável combinação de técnicas e movimentos milenares, praticados gradualmente e assim permitindo que a energia flua para os pontos onde é preciso restaurar o equilíbrio e a harmonia. Beneficia aos praticantes um ganho substancial cognitivo e de massa muscular. A absorção diária das posturas corporais e respiratórias proporciona uma melhor qualidade de vida, tanto para crianças, jovens e adultos.
sexta-feira, setembro 30, 2011
segunda-feira, setembro 26, 2011
Esclerose Múltipla alcança benefícios com Tai Chi Chuan e Qi Gong
A Esclerose Múltipla é uma desordem caracterizada pelo espasmo muscular, perda de sensibilidade periférica, incontinência, perda de equilíbrio, fadiga e disfunção cognitiva. Pode ocorrer na forma de episódios agudos ou seguir um padrão crônico. Existem dados que sugerem que a desordem seja causada pelo ataque ao sistema nervoso central pelo sistema imunológico, causando inflamação e destruição da camada de mielina. Ainda não se conhece sua cura – alguns medicamentos são capazes de aliviar os sintomas.
A combinação da Terapia Psicológica, Ocupacional e Fisioterapia parece ser útil na redução da fadiga e da severidade dos sintomas. Contudo, ainda é raro o oferecimento sistêmico/governamental destas técnicas por longos períodos. Em contrapartida, o Tai Chi Chuan tem se tornado cada vez mais acessível ao público.
O Tai Chi considera tanto os aspectos físicos quanto a atitude psicológica, tendo se provado muito eficaz na melhoria do equilíbrio, da postura, da flexibilidade, do vigor, da pressão sanguínea diastólica, da força muscular e do bem-estar geral.
Neste trabalho, foi desenvolvido um programa de intervenção baseado em exercícios fundamentais do Tai Chi. O programa não tinha a intenção de ensinar aos voluntários as posturas complexas associadas à prática de longo prazo, mas sim focar nos princípios fundamentais do equilíbrio, do movimento, da consciência sensorial e da respiração. Tais princípios são conhecidos como Qi Gong, cuja tradução literal significa cultivo da energia. O programa também incluía a Tui Na, uma automassagem relativa ao Qi Gong.
Os voluntários portadores de Esclerose Múltipla previamente diagnosticada passaram por seis sessões individuais de Tai Chi Chuan, recebendo instruções para a prática diária em casa de, no mínimo, 30 minutos. Questionários específicos foram respondidos imediatamente antes e depois de cada intervenção.
A Esclerose Múltipla tem um mecanismo imprevisível, sendo este um fator que dificulta a avaliação da eficácia dos tratamentos propostos. Os resultados apresentaram padrões interessantes, como a melhoria do aspecto depressivo, em função da sensação de “poder fazer algo”, dando ao indivíduo o senso de domínio sobre si mesmo. Melhorias em equilíbrio foram obtidas por quase todos os voluntários. Além disso, observou-se melhoras em caminhadas, quer fosse em distância percorrida ou na capacidade de ficar em pé.
A combinação da Terapia Psicológica, Ocupacional e Fisioterapia parece ser útil na redução da fadiga e da severidade dos sintomas. Contudo, ainda é raro o oferecimento sistêmico/governamental destas técnicas por longos períodos. Em contrapartida, o Tai Chi Chuan tem se tornado cada vez mais acessível ao público.
O Tai Chi considera tanto os aspectos físicos quanto a atitude psicológica, tendo se provado muito eficaz na melhoria do equilíbrio, da postura, da flexibilidade, do vigor, da pressão sanguínea diastólica, da força muscular e do bem-estar geral.
Neste trabalho, foi desenvolvido um programa de intervenção baseado em exercícios fundamentais do Tai Chi. O programa não tinha a intenção de ensinar aos voluntários as posturas complexas associadas à prática de longo prazo, mas sim focar nos princípios fundamentais do equilíbrio, do movimento, da consciência sensorial e da respiração. Tais princípios são conhecidos como Qi Gong, cuja tradução literal significa cultivo da energia. O programa também incluía a Tui Na, uma automassagem relativa ao Qi Gong.
Os voluntários portadores de Esclerose Múltipla previamente diagnosticada passaram por seis sessões individuais de Tai Chi Chuan, recebendo instruções para a prática diária em casa de, no mínimo, 30 minutos. Questionários específicos foram respondidos imediatamente antes e depois de cada intervenção.
A Esclerose Múltipla tem um mecanismo imprevisível, sendo este um fator que dificulta a avaliação da eficácia dos tratamentos propostos. Os resultados apresentaram padrões interessantes, como a melhoria do aspecto depressivo, em função da sensação de “poder fazer algo”, dando ao indivíduo o senso de domínio sobre si mesmo. Melhorias em equilíbrio foram obtidas por quase todos os voluntários. Além disso, observou-se melhoras em caminhadas, quer fosse em distância percorrida ou na capacidade de ficar em pé.
Mills, J. Allen, S.C. Morgan, Does Tai Chi/Qi Gong help patients with Multiple Sclerosis, Journal of Bodywork and Movement Therapies, 4(1) 2000, 39-48.
Analgésicos com paracetamol
Agência americana para controle de medicamentos faz o alerta.
A agência americana para o controle de medicamentos (Food Drugs Administration) informou nesta quinta-feira (13) que os remédios que contêm paracetamol (acetaminofeno), a substância ativa de muitos analgésicos como o Tylenol, devem advertir os consumidores sobre possíveis danos ao fígado.
A FDA pediu aos fabricantes que incorporem a advertência em seus rótulos e que limitem a dose de um comprimido a 325 miligramas, para reduzir os riscos para o órgão.
As mudanças não se aplicam aos medicamentos sem receita médica, mas a analgésicos combinados de prescrição médica como Percocet, Vicodin e Tylenol com codeína, explica Sandra Kweder, vice-diretora do gabinete de novos medicamentos da FDA.
- As overdoses de produtos combinados de prescrição médica que contêm acetaminofeno são responsáveis por quase a metade de todos os casos de dano ao fígado vinculado ao acetaminofeno nos Estados Unidos, muitos dos quais resultam em transplante de fígado ou morte.
A agência também advertiu sobre o perigo de ingerir álcool combinado com acetaminofeno, que já se sabe há muito tempo que afeta o fígado.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/noticias/analgesicos-com-paracetamol-podem-causar-danos-ao-figado-20110113.html
domingo, setembro 25, 2011
Circuito das Estações Adidas - Primavera - São Paulo 10km
Aí Faustão, parabéns... os primeiros 10 km, nunca esqueceremos.
Marcelão sempre nas corridas, sorriso e disposição.
Certificado
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Abaixo o resultado do atleta: ROGERIO GULLINO | ||||||||||||||||||||||||||
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segunda-feira, setembro 19, 2011
Antídoto contra envenenamento de cão ou gato
Segundo Dr. Marcel Benedeti (veterinário - falecido em 2010) recomendava como agir em caso de suspeita de envenenamento de animais:
"Quando houver suspeita, dar água morna salgada ou água oxigenada 10 vol (uma colher de sopa) que, em contato com o estomago, vira água morna salgada e faz o animal vomitar. Em seguida, dar ATROVERAN (1 gota por kg de peso de 6 em 6 horas), é o melhor antídoto para venenos do tipo 1080 e chumbinho.
O carvão vegetal também ajuda muito em envenenamentos (inclusive em humanos), pois é absorvente. Já existe, nas farmácias, em comprimidos. "
"Quando houver suspeita, dar água morna salgada ou água oxigenada 10 vol (uma colher de sopa) que, em contato com o estomago, vira água morna salgada e faz o animal vomitar. Em seguida, dar ATROVERAN (1 gota por kg de peso de 6 em 6 horas), é o melhor antídoto para venenos do tipo 1080 e chumbinho.
O carvão vegetal também ajuda muito em envenenamentos (inclusive em humanos), pois é absorvente. Já existe, nas farmácias, em comprimidos. "
quarta-feira, setembro 07, 2011
X Troféu da Independência do Brasil Carrefour 10kM
Mori Saito Tomiko, 85 anos, mais de 600 Medalhas, mais de 20 anos de participações.
Foi uma grande honra, estar ao lado deste ícone de garra, perseverança e alegria.
Parabéns Baa-chan Tomiko
CERTIFICADO DE CONCLUSÁO
X Troféu da Independência do Brasil Carrefour
Parabéns pelo seu resultado
Rogerio Gullino
Número da camiseta: 1860
Faixa Etária: 50
Tempo Liquido: 01:00:17
Tempo Total: 01:04:16
Equipe: Tai Ji Quan
Sexo: M
Colocação: 88
Equilíbrio, Controle, Postura, Resistência, Perseverança.
domingo, setembro 04, 2011
Tai Chi Chuan: golpes suaves contra a dor
Essa arte marcial de origem chinesa, que mescla toques de leveza e meditação, é cada vez mais utilizada no Ocidente como tratamento complementar para fibromialgia e problemas nas articulações
Se nas praças de grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro já se veem facilmente nos fins de semana grupos de pessoas fazendo exercícios sincronizados, imagine na China! A prática do tai chi chuan, um tipo de ginástica proveniente daquele país que mistura movimentos de luta e meditação — e mais parece uma dança —, é intensamente incentivada pelo governo local há pelo menos 55 anos.
Considerada uma arte marcial, ganhou um ritmo mais suave comparada às lutas milenares que lhe deram origem. Explica-se: os antigos mestres chineses já reconheciam os benefícios de suas práticas e, para torná-los mais acessíveis, criaram o tai chi chuan — tai quer dizer supremo, absoluto; chi, cumeeira; e chuan, soco. Trata-se de um embate em que não há vencido nem vencedor, mas que proporciona equilíbrio físico e mental (leia mais sobre sua origem no quadro ao lado).
Em tempo: a medicina ocidental tem levado o exercício das praças aos hospitais. Afinal, o tai chi se mostra eficaz na luta contra dores no corpo, principalmente as provocadas por doenças musculares e nas articulações. É o que atesta um estudo financiado pelo Centro Nacional da Medicina Alternativa e Complementar, nos Estados Unidos. O trabalho contou com a participação de 66 vítimas de fibromialgia, entre as quais havia praticantes de tai chi.
No final das contas, as adeptas da arte marcial apresentaram uma melhora em seu estado de saúde superior a quem se dedicou apenas a exercícios de alongamento. "Essa resposta positiva talvez se deva à natureza do próprio tai chi, que combina relaxamento, alongamento e ênfase cognitivo-comportamental", observa o reumatologista Roberto Ezequiel Reymann, do Grupo de Apoio a Pacientes com Fibromialgia da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.
Embora o tai chi seja coadjuvante em vários tratamentos, as pesquisas realizadas nos últimos dez anos apontam que a prática oriental se sobrepõe a muitos outros tipos de exercícios no fortalecimento de ossos, músculos e tendões, no equilíbrio do metabolismo e no bom funcionamento da capacidade pulmonar e da circulação sanguínea, entre outros aspectos. Talvez por sua relação direta com a musculatura e as articulações o método tenha se destacado no controle de doenças como a fibromialgia, conhecida por deixar o corpo todo dolorido — além de cansaço físico, dificuldade de concentração e até depressão.
"Para pacientes com quadros mais leves, o tai chi ajuda na redução das sensações dolorosas e na melhora da mobilidade e do humor", afirma o educador físico Márcio de Moura Pereira, do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos da Universidade de Brasília. "E é na relação com o médico que se decide se o tai chi pode ser útil no tratamento ou contraindicado em algum momento."
No Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o tai chi também vem sendo empregado em indivíduos com artrose, artrite reumatoide e dores na lombar. "Ele atua diretamente nas articulações, sem causar lesão. É indicado para qualquer faixa etária devido à metodologia de ensino suave, que permite ao praticante superar seus limites aos poucos, fortalecendo todo o corpo", explica Ângela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan. Existem basicamente cinco modalidades da arte marcial, mas a yang, segunda mais antiga da história, foi a primeira a ter caráter terapêutico, e por isso é amplamente praticada no mundo.
O estilo yang de tai chi é caracterizado por movimentos lentos, leves e curvos, em ritmo homogêneo e sem interrupção, como no fluxo de um rio. "Os exercícios propõem o equilíbrio corporal e devem ser feitos usando apenas a musculatura exigida para cada postura", explica o instrutor Cláudio Montenegro, de Joinville, no interior de Santa Catarina. "Por mais que se intensifique a prática, a respiração é sempre constante e profunda." Tal maneira de respirar também é uma grande aliada na busca da paz interior. "Esse ritmo respiratório faz com que a mente se acalme e fique o tempo todo atenta aos processos internos", afirma Ângela Soci.
Por ser uma atividade realizada em grupo, o tai chi incentiva quem está por algum tempo adoentado a sair de casa. "O paciente com fibromialgia pode chegar à depressão, o que o isola dos familiares e amigos. Uma prática coletiva pode ajudar no resgate da vida social", diz o reumatologista Roberto Ezequiel Reymann. Sem contar que o encontro entre adeptos de uma mesma técnica permite compartilhar experiências físicas e emocionais. "O tai chi auxilia o praticante a dividir sua dor", afirma o professor Márcio de Moura.
Segundo os especialistas, é bem provável que, devido ao despreparo físico, os iniciantes com doenças nas articulações ou afins sintam ainda mais dor do que normalmente já sentiam ao debutarem na arte milenar. Mas vale a pena persistir. "Quem tem artrose na cervical, que costuma irradiar sensações dolorosas para a mandíbula, os ombros e a lombar, por exemplo, consegue reduzir o incômodo apenas para o local de origem da dor", diz o professor Márcio de Moura. Mesmo no epicentro do martírio o desconforto acaba sendo minorado. E, ao longo dos meses, há chances de também diminuir o uso de remédios. Assim, o aluno de tai chi se torna um herói de si mesmo, golpeando a causa de seu suplício físico e as dificuldades a cada movimento suavemente coreografado.
Raízes milenares Há 700 anos, no monte chinês de Wudang, uma cobra teria passado horas esquivando-se do ataque insistente de uma ave, até que ela desistisse da caça e voasse para longe. A lendária cena teria sido contemplada pelo monge taoísta Chang Sanfeng, ex-discípulo do Templo de Shaolin que, inspirado na flexibilidade da cobra, criaria as 13 posturas fundamentais do tai chi chuan. Embora mais recente, o tai chi remonta uma tradição de pelo menos 2 mil anos de artes marciais chinesas, entre elas o kung fu. Outro possível criador da prática teria sido o general Chen Wangting, que, após a queda da dinastia Ming, há 300 anos, aprimoraria a arte marcial chen a fim de difundir uma sabedoria usualmente passada apenas de pai para filho.
Considerada uma arte marcial, ganhou um ritmo mais suave comparada às lutas milenares que lhe deram origem. Explica-se: os antigos mestres chineses já reconheciam os benefícios de suas práticas e, para torná-los mais acessíveis, criaram o tai chi chuan — tai quer dizer supremo, absoluto; chi, cumeeira; e chuan, soco. Trata-se de um embate em que não há vencido nem vencedor, mas que proporciona equilíbrio físico e mental (leia mais sobre sua origem no quadro ao lado).
Em tempo: a medicina ocidental tem levado o exercício das praças aos hospitais. Afinal, o tai chi se mostra eficaz na luta contra dores no corpo, principalmente as provocadas por doenças musculares e nas articulações. É o que atesta um estudo financiado pelo Centro Nacional da Medicina Alternativa e Complementar, nos Estados Unidos. O trabalho contou com a participação de 66 vítimas de fibromialgia, entre as quais havia praticantes de tai chi.
No final das contas, as adeptas da arte marcial apresentaram uma melhora em seu estado de saúde superior a quem se dedicou apenas a exercícios de alongamento. "Essa resposta positiva talvez se deva à natureza do próprio tai chi, que combina relaxamento, alongamento e ênfase cognitivo-comportamental", observa o reumatologista Roberto Ezequiel Reymann, do Grupo de Apoio a Pacientes com Fibromialgia da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.
Embora o tai chi seja coadjuvante em vários tratamentos, as pesquisas realizadas nos últimos dez anos apontam que a prática oriental se sobrepõe a muitos outros tipos de exercícios no fortalecimento de ossos, músculos e tendões, no equilíbrio do metabolismo e no bom funcionamento da capacidade pulmonar e da circulação sanguínea, entre outros aspectos. Talvez por sua relação direta com a musculatura e as articulações o método tenha se destacado no controle de doenças como a fibromialgia, conhecida por deixar o corpo todo dolorido — além de cansaço físico, dificuldade de concentração e até depressão.
"Para pacientes com quadros mais leves, o tai chi ajuda na redução das sensações dolorosas e na melhora da mobilidade e do humor", afirma o educador físico Márcio de Moura Pereira, do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos da Universidade de Brasília. "E é na relação com o médico que se decide se o tai chi pode ser útil no tratamento ou contraindicado em algum momento."
No Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o tai chi também vem sendo empregado em indivíduos com artrose, artrite reumatoide e dores na lombar. "Ele atua diretamente nas articulações, sem causar lesão. É indicado para qualquer faixa etária devido à metodologia de ensino suave, que permite ao praticante superar seus limites aos poucos, fortalecendo todo o corpo", explica Ângela Soci, diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan. Existem basicamente cinco modalidades da arte marcial, mas a yang, segunda mais antiga da história, foi a primeira a ter caráter terapêutico, e por isso é amplamente praticada no mundo.
O estilo yang de tai chi é caracterizado por movimentos lentos, leves e curvos, em ritmo homogêneo e sem interrupção, como no fluxo de um rio. "Os exercícios propõem o equilíbrio corporal e devem ser feitos usando apenas a musculatura exigida para cada postura", explica o instrutor Cláudio Montenegro, de Joinville, no interior de Santa Catarina. "Por mais que se intensifique a prática, a respiração é sempre constante e profunda." Tal maneira de respirar também é uma grande aliada na busca da paz interior. "Esse ritmo respiratório faz com que a mente se acalme e fique o tempo todo atenta aos processos internos", afirma Ângela Soci.
Por ser uma atividade realizada em grupo, o tai chi incentiva quem está por algum tempo adoentado a sair de casa. "O paciente com fibromialgia pode chegar à depressão, o que o isola dos familiares e amigos. Uma prática coletiva pode ajudar no resgate da vida social", diz o reumatologista Roberto Ezequiel Reymann. Sem contar que o encontro entre adeptos de uma mesma técnica permite compartilhar experiências físicas e emocionais. "O tai chi auxilia o praticante a dividir sua dor", afirma o professor Márcio de Moura.
Segundo os especialistas, é bem provável que, devido ao despreparo físico, os iniciantes com doenças nas articulações ou afins sintam ainda mais dor do que normalmente já sentiam ao debutarem na arte milenar. Mas vale a pena persistir. "Quem tem artrose na cervical, que costuma irradiar sensações dolorosas para a mandíbula, os ombros e a lombar, por exemplo, consegue reduzir o incômodo apenas para o local de origem da dor", diz o professor Márcio de Moura. Mesmo no epicentro do martírio o desconforto acaba sendo minorado. E, ao longo dos meses, há chances de também diminuir o uso de remédios. Assim, o aluno de tai chi se torna um herói de si mesmo, golpeando a causa de seu suplício físico e as dificuldades a cada movimento suavemente coreografado.
Raízes milenares Há 700 anos, no monte chinês de Wudang, uma cobra teria passado horas esquivando-se do ataque insistente de uma ave, até que ela desistisse da caça e voasse para longe. A lendária cena teria sido contemplada pelo monge taoísta Chang Sanfeng, ex-discípulo do Templo de Shaolin que, inspirado na flexibilidade da cobra, criaria as 13 posturas fundamentais do tai chi chuan. Embora mais recente, o tai chi remonta uma tradição de pelo menos 2 mil anos de artes marciais chinesas, entre elas o kung fu. Outro possível criador da prática teria sido o general Chen Wangting, que, após a queda da dinastia Ming, há 300 anos, aprimoraria a arte marcial chen a fim de difundir uma sabedoria usualmente passada apenas de pai para filho.
Fonte:
por DÉBORA DIDONÊ
http://saude.abril.com.br/edicoes/0336/familia/tai-chi-chuan-golpes-suaves-dor-625301.shtml
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