De acordo com o urologista José Carlos de Almeida, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, a formação das pedras acontece porque a cirurgia de redução do estômago altera o metabolismo e aumenta o nível de oxalato no organismo. O oxalato é um elemento importante na formação dos cálculos renais -cerca de 90% das pedras são formadas por ele.
Além disso, Almeida diz que as cirurgias bariátricas também diminuem a absorção de magnésio e de citrato -duas substâncias que ajudam no processo de diluição do oxalato. "Todas as pessoas têm cristais de cálcio na urina. Se elas não tiverem magnésio e citrato em quantidade suficiente, elas poderão formar cálculos", avalia.
Thomaz Szegö, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, diz que a possibilidade de formação de cálculos é um dos principais incentivos para que os pacientes se mantenham hidratados. "Durante a perda intensa de peso, o metabolismo se altera. Se o paciente consegue manter o fluxo renal adequado [bebendo bastante água], é possível prevenir o aparecimento das pedras."
Os pacientes que se submetem a cirurgias bariátricas também têm quase duas vezes mais risco de sofrer fraturas, especialmente de pés e de mãos. Os resultados, ainda preliminares, vêm de um novo estudo apresentado no congresso da Sociedade Americana de Endocrinologia, no mês passado.
As pessoas foram acompanhadas durante seis anos. Nesse período, 36 sofreram 53 fraturas, a maioria delas nos braços e nos pés. Também foram relatadas fraturas no quadril, na espinha dorsal e no úmero. "O aumento da incidência de fraturas não é um fenômeno que ocorre logo após a cirurgia, mas sim anos depois."
O estudo não aponta, porém, quais os mecanismos envolvidos na maior incidência de fraturas. De acordo com Marise Lazaretti Castro, presidente da regional paulista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, a hipótese que poderia explicar as fraturas a longo prazo é o fato de haver, após a cirurgia bariátrica, deficiências graves de vitamina D e cálcio. "As pessoas começam a ter diarreias, têm menos absorção dos nutrientes", afirma a médica.
FERNANDA BASSETTE e CLÁUDIA COLLUCCI da Folha de S.Paulo 07/07/2009
Além disso, Almeida diz que as cirurgias bariátricas também diminuem a absorção de magnésio e de citrato -duas substâncias que ajudam no processo de diluição do oxalato. "Todas as pessoas têm cristais de cálcio na urina. Se elas não tiverem magnésio e citrato em quantidade suficiente, elas poderão formar cálculos", avalia.
Thomaz Szegö, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, diz que a possibilidade de formação de cálculos é um dos principais incentivos para que os pacientes se mantenham hidratados. "Durante a perda intensa de peso, o metabolismo se altera. Se o paciente consegue manter o fluxo renal adequado [bebendo bastante água], é possível prevenir o aparecimento das pedras."
Os pacientes que se submetem a cirurgias bariátricas também têm quase duas vezes mais risco de sofrer fraturas, especialmente de pés e de mãos. Os resultados, ainda preliminares, vêm de um novo estudo apresentado no congresso da Sociedade Americana de Endocrinologia, no mês passado.
As pessoas foram acompanhadas durante seis anos. Nesse período, 36 sofreram 53 fraturas, a maioria delas nos braços e nos pés. Também foram relatadas fraturas no quadril, na espinha dorsal e no úmero. "O aumento da incidência de fraturas não é um fenômeno que ocorre logo após a cirurgia, mas sim anos depois."
O estudo não aponta, porém, quais os mecanismos envolvidos na maior incidência de fraturas. De acordo com Marise Lazaretti Castro, presidente da regional paulista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, a hipótese que poderia explicar as fraturas a longo prazo é o fato de haver, após a cirurgia bariátrica, deficiências graves de vitamina D e cálcio. "As pessoas começam a ter diarreias, têm menos absorção dos nutrientes", afirma a médica.
FERNANDA BASSETTE e CLÁUDIA COLLUCCI da Folha de S.Paulo 07/07/2009
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