ATLETA: ROGERIO GULLINO
ID.49
FX.ET.M4549
CL.F.E: 1645
EQ.TAI JI QUAN
Tempo: 02:02:45
T.Liq: 01:42:11
Apesar de ter recebido a medalha antes da prova, e só quem correu vai entender esta iniciativa, é uma conquista sobre todas as corridas de rua. Enquanto durante todas as provas, sejam diurnas ou noturnas os pedestres e motoristas, não nos olham de bom grado, atrapalhando o bom andamento do tráfego, mas a São Silvestre é totalmente diferente, quando aquele mar de gente colorida se amontoa na Paulista e se derrama aos poucos pela Consolação, desembocando na República, Ipiranga com São João e o público aplaudindo, empurrando, com palavras de apoio, só nos resta perseverar pelo asfalto limpando um ano que se passa, deixando para trás o desapego pelo que se passou, vencendo a subida do Minhocão, moradores gritando, músicas de apoio, embalos da sociedade, que vê naquele momento um pouco de si, o desejo de alcançar, de ir adiante, cumprir o percurso, atravessar as ruas da Barra Funda, o Memorial, a população apoia com as mangueiras, banhos para aliviar o calor da prova. Seguindo em direção a Rio Branco, avenida larga, imensidão de cores, fantasias... Largo da Segunda-Feira, Municipal, Anhangabaú... crianças estendem a mão para tocá-las, fornecendo a energia já um pouco aniquilada pelo trajeto, muitas pessoas caminham, outras param, o público empurra... mantendo o ritmo, Largo de São Francisco e finalmente chega nosso Everest, a visão estonteante das quatro pistas cobertas de cores em movimento, fluindo aos poucos, superando aos poucos a Grande Brigadeiro, alvo de muitos questionamentos durante toda a prova... primeiros passos, superando a Maria Paula, aos poucos encontramos a força através do apoio massivo da população nos empurrando ladeira acima. Vamos cruzando aos poucos o Bexiga com toda sua graça embalados pelos pagodes dos bares, aos poucos e poucos ainda permanecem a correr, a grande maioria já se encontra a andar... tornando mais fácil vencer aquela massa humana... passando aos poucos sob o viaduto da Treze de Maio com sua característica boêmica, chegando aos poucos cada vez mais... já se torna plano... a ladeira vai ficando para trás, aos poucos e poucos vão chegando novamente a Paulista, a sensação de vitória de um objetivo cumprido... de um sonho que longe se fez realidade, cruzando finalmente a linha de chegada, inteiro, forte, encharcado pelo gosto, pela viagem, pelo apoio encontrado durante todo o percurso... vontade de cumprir tudo novamente... e que venham novos desafios.
Um comentário:
Que linda teia! Parabéns pelo caminho que vc percorreu e parabéns por captar toda a sensibilidade do mundo pelo exato caminho da São Silvestre! valeuuu!
Postar um comentário