quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Tai chi chuan ameniza sintomas da Doença de Parkinson

Pesquisa observou que prática promove significativas melhoras em funções prejudicadas pela doença, como o equilíbrio a flexibilidade

Estudo publicado nesta quinta-feira no periódico The New England Journal of Medicine observou que a prática de Tai chi chuan provoca melhoras significativas nos sintomas de pacientes com a Doença de Parkinson. A pesquisa, desenvolvida no Instituto de Pesquisa de Oregon, nos Estados Unidos, concluiu que a atividade pode beneficiar a estabilidade postural e a capacidade de andar dos indivíduos com a doença.

DOENÇA DE PARKINSON
É uma doença degenerativa e progressiva do sistema nervoso. A degeneração das células nervosas na doença não tem causa conhecida. A doença não tem cura, mas existem tratamentos que diminuem seus sintomas, que são, principalmente, tremores quando os músculos estão em repouso e lentidão dos movimentos. Afeta cerca de 1 em cada 250 indivíduos com mais de 40 anos.

O estudo foi feito junto a um projeto de quatro anos que proporcionava a pacientes com problemas neurológicos ou com histórico de derrame três tipos de atividades físicas: Tai chi chuan, treinamento de resistência ou alongamento. Os pesquisadores selecionaram 195 pacientes com Doença de Parkinson e observaram as mudanças ocorridas na saúde deles após 24 semanas de prática de algum dos exercícios, em aulas com duração de 60 minutos, duas vezes por semana.
Resultados- Ao final desse período, os participantes do grupo de Tai chi chuan apresentaram melhor capacidade de se inclinar em qualquer direção sem perder o equilíbrio, melhor controle direcional do corpo e melhor capacidade de andar (ou seja, com passos maiores e com mais firmeza) do que o grupo que praticou alongamentos. Os adeptos do Tai chi chuan, em comparação com aqueles que praticaram treinamento de resistência, demonstraram melhor equilíbrio e passos mais longos ao caminharem. Esses dois exercícios revelaram semelhante — e significativa — redução de incidência de quedas, o que foi observado em menor escala entre os indivíduos do grupo de alongamento.
"Esse estudo é clinicamente significativo pois sugere que o Tai chi chuan, um exercício de impacto de baixo a moderado, pode ser utilizado como um complemento das terapias físicas aplicadas em pacientes com Parkinson. A atividade mostrou que pode reduzir problemas de postura e de instabilidade ao andar, além de melhorar sintomas da doença, que afetam a mobilidade, a flexibilidade, o equilíbrio e a amplitude do movimento", afirma o coordenador do estudo, Fuzhong Li.
Segundo Li, os benefícios da atividade vão além da melhora dos sintomas do Parkinson. O Tai chi chuan tem baixo custo, já que não necessita de equipamentos, envolve movimentos fáceis de aprender e pode ser feito em qualquer lugar e a qualquer momento. O pesquisador acredita que o exercício pode também ser indicado para pessoas que precisam de reabilitação por algum outro motivo.


domingo, fevereiro 26, 2012

Hospital em São Paulo oferece curso para melhorar a memória


Ivan Okamoto, neurologista do hospital Albert Einstein e coordenador do Instituto da Memória da Unifesp, conta que é importante fazer atividades que deem prazer, ler, continuar trabalhando de alguma forma e manter os laços sociais e afetivos.
O que comprovadamente funciona, segundo os especialistas, é fazer exercícios físicos regularmente e manter uma dieta balanceada.
De acordo com Okamoto, não se sabe se os exercícios são benéficos porque melhoram o sistema cardiovascular (e evitam microinfartos em pequenos vasos no cérebro, que prejudicam a oxigenação na região) ou porque liberam substâncias que impedem a degeneração neuronal.
Mas o fato é que o envelhecimento da população é terreno fértil para o aparecimento de "curas milagrosas".
"É melhor fazer academia ou curso de idiomas do que programas sem eficácia comprovada", afirma Okamoto.
Ele ressalta que o esquecimento afeta a todos, mas pode precisar de ajuda médica quando interfere no dia a dia.

Fonte:  MARIANA VERSOLATO SABINE RIGHETTI
 http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1053692-hospital-em-sao-paulo-oferece-curso-para-melhorar-a-memoria.shtml

Segundo Okamoto, apesar de fórmulas mágicas, o principal ainda é manter o corpo em movimento, seja em qualquer idade. Tai Chi Chuan uma alternativa comprovada para sua memória.

sábado, fevereiro 25, 2012

Tai Chi Chuan controla perda de memória

Praticar tai chi chuan, arte marcial chinesa de grande popularidade no Brasil, pode prevenir o surgimento de problemas cognitivos sérios em idosos. Essa é a conclusão de pesquisadores da área de Geriatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), que estudam como a modalidade consegue desacelerar o declínio da memória.
O estudo, feito no Ambulatório de Memória do Idoso do Serviço de Geriatria do HC, acompanhou 26 idosas com comprometimento cognitivo leve durante um período inicial de seis meses. Enquanto metade do grupo praticou a arte marcial duas vezes por semana, em sessões de 60 minutos, a outra metade só recebeu acompanhamento médico, com periodicidade semanal.
As funções cognitivas de memória, atenção, coordenação, planejamento e aprendizado foram medidas nos dois grupos – com avaliações feitas no início do estudo, aos três meses e aos seis meses. Os resultados mostram que, já nos primeiros três meses, as idosas que praticaram tai chi tiveram menos queixas de memória em relação ao outro grupo. Além disso, a capacidade de aprendizado das praticantes também aumentou em relação às outras voluntárias.
Uma das autoras do estudo, a médica geriatra Juliana Yumi Tizon Kasai, afirma que a importância da pesquisa está em analisar justamente os pacientes com comprometimento cognitivo leve, para os quais ainda não existem remédios eficazes que consigam impedir a evolução do quadro para doenças graves. “Os problemas de memória deixam esses idosos bastante preocupados e atrapalham o dia a dia deles. Mas, para esses casos, o medicamento não tem benefício algum”, esclarece a médica.
Juliana afirma que os idosos com falhas leves de memória, que ainda não chegam a caracterizar um quadro de demência, precisam ser acompanhados de perto pelos médicos e especialistas, pois eles têm mais fatores de risco para o desenvolvimento do mal de Alzheimer – o tipo de demência mais comum entre os brasileiros na terceira idade.
O mecanismo pelo qual o tai chi chuan consegue desacelerar o declínio da memória ainda precisará ser alvo de novas investigações, de acordo com Juliana. “Ninguém sabe muito bem por que a atividade tem esse efeito. O que sabemos até agora é que ela promove uma melhora da circulação, da respiração e também da coordenação motora”, afirma a geriatra.
Atividade complexa – Outra característica da prática oriental que pode contribuir para a saúde neurológica é que seus praticantes são levados a memorizar os nomes das posturas e a sequência em que devem praticá-las. “No tai chi chuan é preciso prestar muita atenção o tempo todo para conseguir lembrar o nome da postura, respirar direito, colocar o pé na posição correta”, exemplifica Juliana.
De acordo com o professor de educação física Edgar Koji Karasawa, da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura Oriental (SBTCC), as aulas começam com exercícios que ensinam a execução dos movimentos e seus nomes. Depois de algumas repetições, os praticantes realizam uma sequência de seis movimentos. Karasawa orienta o grupo que faz parte da pesquisa do Hospital das Clínicas e conta que os alunos também recebem apostilas com exercícios para que estudem e treinem em casa.
Na opinião dos idosos, os benefícios trazidos pelo tai chi chuan são evidentes. A aposentada Maria Socorro, de 75 anos, pratica a arte marcial há dois anos e garante que, logo após as primeiras aulas, já percebeu uma melhora significativa nas dores reumáticas que sentia.
 Quanto à memória, Maria Socorro conta que o declínio estacionou. Com isso, ela já não sofre com situações constrangedoras que a incomodavam bastante no passado. “Esquecer o nome de alguém em uma reunião ou esquecer o que eu pretendia comprar no mercado são problemas chatos que se tornaram muito menos frequentes”, comemora a aposentada.

Fonte: MARIANA LENHARO
http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/tai-chi-chuan-controla-perda-de-memoria/

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Esporão Calcâneo e o Tai Chi Chuan


Segundo o ortopedista Mauro Dinato (Revista O2, janeiro/2012), tal processo se dá na maioria das vezes, no caso de corredores, pelo excesso de impacto. O sobrepeso e uma pisada pronadora severa ( movimento para dentro) também pode lesionar a fáscia e causar o esporão. Durante a corrida a uma pronação do calcanhar e um alongamento da fáscia plantar. A medida que o pé começa a tomar impulso para entrar na fase de balanço, o calcanhar supina (move-se para fora) e ocorre uma contração da fáscia plantar.
Para os sedentários, com falta de flexibilidade e sobrepeso, também pode ocasionar este tipo de lesão.
Como prevenção para tal fato, e também como um dos principais tratamentos seria:
  • Realizar um bom aquecimento no inicio dos treinos;
  • Alongar a fáscia plantar e toda a musculatura exigida pela corrida;
  • Usar tênis ou palmlhas adequados para o seu tipo de pisada;
  • Fazer treinamentos educativos para aumentar a capacidade da musculatura em dissipar a energia do impacto de cada pisada;
  • Evitar correr com excesso de peso.



No Tai Ji Quan, temos vários movimentos, entre eles Lou xi ao bu, que esquematiza muito bem tal processo de exercício, e como a alternância de lados, da direita para esquerda, e vice-versa, além de trabalharmos adequadamente a musculatura dos glúteos médios, e os alongamentos das fáscias, e como não há impacto, preserva-se assim a integridade do calcâneo. Além é claro de todo ganho de harmonia no conjunto Mente-Corpo, meditação em movimento.

Efeito da massagem contra dor é similar ao de analgésico

Na prática, já se sabia desde a antiguidade clássica, pois gregos antigos e chineses praticavam massagem em seus atletas depois de exercícios. Mas só agora uma equipe de cientistas, no Canadá, demonstrou o mecanismo bioquímico pelo qual a massagem faz efeito terapêutico.
O estudo foi publicado na edição de hoje da revista médica americana "Science Translational Medicine" pela equipe coordenada por Justin Crane e Mark Tarnopolsky, da Universidade McMaster, do Canadá.


Usando um grupo de 11 voluntários que realizou exercícios físicos, recebeu massagem feita por profissionais e, depois, foi submetido a biópsias nos músculos afetados, Crane e seus colegas documentaram as mudanças biológicas nos tecidos.
"Depois de dez minutos de massagem, vias de sinalização que respondem a estresses mecânicos foram ativadas. A massagem reduziu sinais de inflamação, e células musculares massageadas eram mais capazes de formar novas mitocôndrias", escreveu o editor da revista.
Exercício demanda energia. Graças à massagem, as células musculares produziram com mais eficiência "organelas" (pequenos órgãos dentro das células) ligados à produção de energia, essas mitocôndrias.
Ou seja, a massagem terapêutica facilita a recuperação após danos musculares.
"A massagem depois da prática esportiva ajuda em duas coisas", afirma Victor Liggieri, coordenador do setor de fisioterapia do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP.
"Há uma dor normal pós-exercício. A massagem reduz o tempo da recuperação muscular. E reduz o índice de lesão patológica, por exemplo, um estiramento muscular", diz Liggieri. Isto é, um alongamento, abrupto, do músculo, faz com que ele passe do seu limite elástico natural e o deixa contraído. E isso pode durar semanas, meses.
"Mas não é só o atleta que está em risco", diz o fisioterapeuta. O chamado atleta de fim de semana é a clássica vítima de dor muscular.
O objetivo do estudo canadense descrito agora era justamente avaliar essa situação em que pessoas sem condicionamento físico sofrem dor muscular.
O estudo envolveu testar os músculos das pernas de voluntários submetidos a exercícios exaustivos.
Dez minutos de massagem reduziram os sinais de inflamação nas células. E, algo que vai merecer mais estudo, o resultado foi parecido ao produzido por analgésicos.
Segundo os autores, é importante dar validade científica a tratamentos baseados no toque, que são cada vez mais procurados em substituição ou de forma complementar ao atendimento médico convencional. Além disso, livraria os pacientes de efeitos colaterais de analgésicos e anti-inflamatórios.

Fonte:

02/02/2012 - 09h46 - RICARDO BONALUME NETO - DE SÃO PAULO


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