Secretaria do Estado de Saúde de SP
Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde revela que 77% das jovens entrevistadas apresentam propensão a desenvolver algum tipo de distúrbio alimentar, como anorexia, bulimia e compulsão por comer. Os resultados revelaram, ainda, que em relação a mitos e crenças, 85% acreditam que existe um padrão de beleza imposto pela sociedade, 46% acreditam que mulheres magras são mais felizes e ainda que 55% delas adorariam simplesmente acordar magras.
A pesquisa foi realizada por profissionais da Casa do Adolescente, unidade da Secretaria, com 150 pacientes entre 10 a 24 anos de idade atendidas no ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do hospital estadual Pérola Byington, na capital paulista. Das jovens abordadas pela pesquisa, 39% estavam acima do peso e 63% consomem fast-food pelo menos uma vez por semana.
Nos formulários utilizados na pesquisa as questões foram divididas em quatro categorias relacionadas aos seguintes aspectos: comportamento e hábitos alimentares, imagem corporal, comunicação e mídia, mitos e crenças.
“É preocupante esta porcentagem tão alta de jovens com propensão a distúrbios alimentares. Os pais e familiares precisam ficar atentos aos sinais. Um adolescente se preocupar com a aparência é normal, mas quando isso é exagerado precisamos tomar cuidado”, diz Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente.
Todas as participantes da pesquisa são membros do grupo “Tô bem na fita!”, que aborda os problemas relacionados à alimentação, atividades físicas e qualidade de vida. O programa foi criado justamente para que os profissionais de saúde possam trabalhar com a prevenção de distúrbios alimentares entre as adolescentes e jovens.
Outro balanço divulgado recentemente pela secretaria mostrou dados preocupantes: a cada dois dias, em média, uma pessoa é internada por anorexia ou bulimia nos hospitais que atendem pelo SUS no Estado de São Paulo. Somente nos primeiros sete meses de 2013, foram 97 internações devido a esses distúrbios alimentares. já em 2012, 165 pacientes precisaram de internação e 1.220 pacientes fizeram tratamento ambulatorial no estado contra os dois distúrbios.
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