sábado, março 13, 2010

Hipertensão, não brinque é sério...

Segundo um artigo publicado no The New England Journal of Medicine, pesquisadores da Universidade da Califórnia construíram um modelo de simulação computadorizada para explorar o impacto que pequenas reduções de consumo de sódio teriam na incidência de doenças cardiovasculares na população de 35 a 84 anos.
Cabe lembrar que o sal de cozinha é o cloreto de sódio. Cada grama dele contém 0,4g de sódio, ion essencial para o organismo porque facilita a retenção de á água: para cada 9 g de sal ingeridas, o organismo retém um litro de água. Quando consumido em excesso, o sistema cardiovascular poderá ficar sobrecarregado caso a água não seja eliminada com eficiência.
Apenas um pequeno esforço de redução de 3g de sal no consumo diário reduziria o número de infartos (de 54 mil a 99 mil casos por ano), de derrames cerebrais (60 mil a 120 mil por ano) e de mortes por outras causas (44 mil a 90 mil por ano). A diminuição do consumo traria tantos benefícios à população quanto combate a obesidade e o tabagismo.
Cerca de 70% do sódio ingerido na dieta do brasileiro médio vem de produtos industrializados, o convencimento individual apesar de válido tem impacto limitado. Cabe as autoridades responsáveis estabelecer regras que limitem a quantidade de sódio em molhos prontos, condimentos, salgadinhos, picles, conservas, pizzas, sopas de pacote, embutidos, queijos e outros alimentos. Países como Finlândia, Inglaterra, Japão e Portugal já o fizeram com resultados altamente positivos.

Fonte: Folha de São Paulo, 13/03/2010 Drauzio Varella, O Sal na dieta.

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