terça-feira, dezembro 27, 2011

Ansiedade

Por duas maneiras antecipamos o futuro: por ansiedade ou por planejamento.
O planejamento é uma antecipação intelectual do futuro, mas não é ansiedade: é preparação. O que diferencia o planejador do ansioso é a carga emocional que ele coloca na antecipação.
Planejar é antecipar com prazer e calma, certo da distância no tempo entre o desejo e a realização do desejo, e contando com esta distãncia e com este tempo.
Ansiar é antecipar com sofrimento, sem clareza entre o momento do desejo e da realização do desejo, sofrendo com esta confusão entre ambos os momentos, com perda da distinção clara de que o tempo é uma condição linear e sucessiva de presente e futuro.
Para o planejadorm o futuro virá normalmente após o presente. Para o ansioso, só existe o futuro: o presente está perdido. É, portanto, um sinal de sabedoria não se deixar dominar pela ansiedade.
O Sábio e a Dúvida, Mário Sales.
25/02/2012 - 18h05

Ansiedade é transtorno mais comum na Grande São Paulo


Uma pesquisa que mapeou a frequência de doenças mentais na Grande São Paulo mostra que os transtornos de ansiedade, como estresse pós-traumático, fobias e síndrome de pânico, lideram e estão presentes em 20% da população.
Depois vêm os transtornos de humor, como depressão (11%), de controle de impulsos (4,3%) e por consumo de drogas (3,6%).
Os dados são do projeto São Paulo Megacity, um estudo realizado pelo IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas de São Paulo com 5.037 residentes dos 39 municípios da região. 
A amostra é representativa das cidades, e as entrevistas foram feitas pessoalmente entre 2005 e 2007.
Dados preliminares já haviam sido apresentados em 2009, mas agora a pesquisa completa, que faz parte de um grande estudo mundial, foi publicada na revista científica "PLoS ONE".
Segundo a psiquiatra Laura Helena Andrade, coordenadora do estudo, a pesquisa procura entender o contexto relacionado a essa prevalência maior.
A violência urbana ajuda a explicar a forte presença dos transtornos mentais na população --54% dos entrevistados relataram ter vivido uma experiência ligada a crimes, como ser vítima ou testemunha de assaltos e sequestros.
Pessoas que vivem em áreas mais pobres e periféricas da cidade também tiveram maior risco de desenvolver os transtornos.
"Cada fator inerente à vida na metrópole, como transporte, violência e acesso a serviços de saúde, tem uma parcela de participação nesse resultado", afirma Paulo Rossi Menezes, professor associado da USP e epidemiologista psiquiátrico que não participou do estudo.
GRAVIDADE
A pesquisa mostrou que 10% da população em São Paulo tem doenças psiquiátricas graves. Esse índice está acima da média de outros 14 países, segundo a Organização Mundial da Saúde. Nos EUA, a prevalência é de 5,7%.
Só um terço dos brasileiros com transtornos graves recebeu tratamento nos 12 meses anteriores às entrevistas.
"Os transtornos mentais são frequentes, mas pouco reconhecidos e tratados. A sociedade sabe pouco a respeito e há um estigma ligado às doenças", diz Menezes.


Fonte:MARIANA VERSOLATO 
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1053547-ansiedade-e-transtorno-mais-comum-na-grande-sao-paulo.shtml


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