quinta-feira, maio 15, 2014

A postura na corrida e alguns princípios de Yang ChenFu

Durante a corrida nós observamos basicamente dois tipos de indivíduos. Os chamados corredores de “pé” (que apresentam melhor desempenho) e os corredores “sentados” (que apresentam maior fadiga). Essas duas posturas ao correr sofrem forte influência do índice lombo-sacro (ângulo formado entre a região lombar e sacra). Este índice é maior nos corredores de “pé”, permitindo uma passada mais alongada e menor nos corredores “sentados”, induzindo a uma passada mais curta a fim de evitar o contato do colo femoral com a região posterior do acetábulo.
Ainda quanto à postura durante a corrida, devemos atentar para os seguintes detalhes:
  • a cabeça deve estar sempre erguida e com o olhar no horizonte;
  • os ombros devem estar relaxados;
  • as costas devem ficar confortavelmente eretas;
  • os cotovelos com angulação aproximada de 90º;
  • as mãos levemente fechadas passam na altura das cristas ilíacas;
  • deve-se evitar que os braços cruzem na frente do tronco, já que isso leva a uma maior torção durante a corrida e consequente perda de performance.
Fonte: Revista Sports Do Revista 2014

Todo o processo acima é idêntico as tratativas de postura do Tai Chi Chuan para as práticas e atividades diárias de cada pessoa que deseja uma melhor qualidade de vida.

1 – Energia leve e sensível no topo da cabeça: fique ereto e mantenha a cabeça e o pescoço
naturalmente eretos com a mente concentrada no topo da cabeça;
2 – Afundar o peito e arredondar as costas: mantenha o peito ligeiramente para dentro o que
o capacita a afundar ou submergir a respiração no Tan Tien (baixo ventre). Não deixe o peito
para fora (protuberante), pois isto vai fazer com que a respiração torne-se difícil e de alguma
forma o topo vai ficar pesado;
3 – Relaxar a cintura: quando relaxamos a cintura, os dois pés terão força o suficiente para
formar uma base sólida. Todos os movimentos dependem da ação da cintura;
4 – Discernir cheio e vazio: Quando conseguimos separar o cheio do vazio, giramos o corpo levemente sem usar força. Se não conseguimos separar, o passo é pesado e
vagaroso, e a posição não é firme, não fornecendo equilíbrio;
5 – Afundar os ombros e cotovelos: Devemos também manter os cotovelos para baixo senão não seremos capazes de manter os ombros relaxados e mover nosso corpo de forma suave;
6 – Usar a mente e não a força: Deve-se assim usar a mente ao invés da força bruta, pois assim a energia vital irá seguir a consciência e circular por todo o corpo;
7 – Coordenar o superior e o inferior: Quando as mãos e a cintura e as pernas se movem, os olhos devem seguir o seu movimento;
8 – Harmonia entre o interno e o externo: Quando pudermos fazer com que o de dentro e o de fora se
tornem um, a coordenação será completa e a perfeição será atingida;
9 – Importância da continuidade: a atenção na mente e não na força e os movimentos de início ao final são contínuos e circulares;
10 – Tranquilidade no movimento: o movimento é combinado com a tranquilidade e enquanto se executa os movimentos se mantém a tranquilidade da mente.

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