Em geral, quando mais baixo melhor. Porém, pressão arterial muito baixa pode algumas vezes causar inquietações e deve ser checada por um médico.
Pressão alta, ou hipertensão arterial, é aquela de 140/90 mmHg ou superior. É chamada de "assassina silenciosa" porque geralmente não tem sintomas. Algumas pessoas podem não descobrir que têm pressão alta até que apresentem problemas no coração, o qual pode ocasionar a falha deste, cérebro, aneurismas nos vasos sangüíneos, mais comumente na aorta e artérias no cérebro, pernas e intestinos ou rins, estreitamento dos vasos sangüíneos nos rins, o que pode causar a falha destes. Rigidez precoce de artérias pelo corpo, especialmente aquelas no coração, cérebro, rins e pernas. Isso pode causar ataque cardíaco, infarto, falha nos rins ou amputação de parte da perna. Sangramento ou ruptura de vasos sangüíneos nos olhos, o que causa alterações na visão e pode resultar em cegueira.
O sangue é levado do coração para todas as partes do corpo em vasos chamados artérias. Pressão arterial é a força do sangue contra as paredes das artérias. Cada vez que o coração bate, ele bombeia sangue pelas artérias. Sua pressão arterial é mais elevada quando o coração bate bombeando o sangue. Isso é chamado pressão sistólica. Quando o coração está descansando entre os batimentos, sua pressão arterial cai. Essa é a pressão diastólica.
A pressão arterial muda durante o dia. Ela é menor quando você dorme e aumenta quando acorda. A pressão também se eleva quando você está ativo fisicamente ou nervoso. Ainda, na maioria das suas horas caminhando, sua pressão arterial permanece bem parecida com a de quando está sentado ou parado em pé. Esse nível deve ser menor que 120/80. Quando o nível da pressão fica alto, 140/90 ou mais, você tem hipertensão. Com a pressão alta, o coração trabalha mais forte, suas artérias são surradas e as chances de infarto, ataque cardíaco ou problema nos rins são maiores.
Fonte: http://www.copacabanarunners.net
Em pessoas hipertensas, os exercícios físicos repetidos têm um efeito benéfico pra a redução parcial da pressão arterial, mas não a corrigem completamente. No Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, cientistas que buscaram entender os motivos dessa não-correção identificaram os vilões dessa história: os rins. A biomédica Lisete Compagno Michelini constatou em suas pesquisas que os vasos sangüíneos desses órgãos se contraem durante a atividade física.
A hipertensão resulta da força a mais que o coração emprega para bombear o sangue em arteríolas (pequenos vasos sangüíneos) que, com suas paredes contraídas, apresentam menor espaço para a passagem do sangue. Os exercícios físicos já são utilizados como uma forma de prevenção e tratamento a quadros leves de hipertensão, pois durante sua realização é apresentada uma diminuição da parede das arteríolas dos músculos esqueléticos - utilizados durante os exercícios - aumentando o espaço para a passagem do sangue. Nos testes realizados com ratos verificou-se que nos rins a espessura das paredes dos vasos não foram alteradas, mantendo assim reduzido o canal para a passagem de sangue.
Lisete explica que, com o corpo em repouso, o rim recebe cerca de 23% do fluxo de sangue, uma taxa elevada, enquanto os músculos esqueléticos recebem cerca de 14%. Com o exercício, os músculos passam a receber cerca de 85% do fluxo, e o rim, que em situações normais recebe mais que o necessário para nutrir suas células, contrai as paredes de suas arteríolas para receber menos sangue, que será necessário nos músculos. "Desse modo, os vasos renais contribuem para manter a pressão elevada", constata a biomédica.
Lisete ressalta que os exercícios empregados foram os aeróbios (como caminhadas) de baixa intensidade e de baixo impacto. A pesquisadora concluiu que o treinamento corrigiu apenas o que estava errado na hipertensão, sem alterar a pressão dos ratos saudáveis. "O exercício é um contraponto à inatividade, que é muito ruim para o nossa saúde. É uma prevenção, que contrabalança a falta de atividade física regular que caracteriza a vida moderna", recomenda.
Fonte: Agencia USP, 12/05/2006.